segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

60ª Volta a Paranhos . Uma idade bonita !




É verdade.
Quem diria?
A Volta a Paranhos já com 60 anos de vida!
Como é possível?
Pois é.
Esta Volta a Paranhos é mesmo fruto de uma organização popular.
São os "doentes" do velhinho Salgueiral que deitam mãos á obra e conseguem pôr de pé esta prova que, segundo rezam as crónicas, é a mais antiga de Portugal.
Então, estamos a falar de quê?

- 60ª Volta a Paranhos
- 8.dezembro.2017
- 10K
- 10H45
- 12 graus de temperatura

E, prova realizada sempre no dia 8 de dezembro.
Bom, estavam quatro Happyrun inscritos para a prova mas, á última hora, Leninha não pôde comparecer pois o tratamento aos dentes lhe tirou essa possibilidade.
Então, Teresinha, Mike e Pedrinho lá arrancaram a sua traineira ás 09H20 rumo a Paranhos.
O frio estava lá e a chuva (morrinhenta) também.
Atracamos no mesmo local (entre o ISEP e a escola de Biotecnologia) e logo encontramos aí o Silvério que trazia um amigo novo nestas andanças.
Rumamos até á reta da meta e, claro, mais encontros.


                             Os Happyrun com uns amigos dos treinos de quarta feira na Maia

Estava frio (12 graus) e, vamos lá aquecer que já estou a sentir as pernas geladas.
Lá fomos para a caixa de partida para mais uma prova.
Então, o que nos esperava?



                                    Aqui está o itinerário desta 60ª Volta a Paranhos

Desta vez eram "só" 10K.
É isso, "sò" é mesmo o termo exato pois, como agora andamos em treinos longos, 10K é mesmo muito curto.
10H45, tiro de partida e aí vamos nós.
Cuidado, cuidadinho que a reta de meta é em paralelepípedo (muito polido) e, todo molhado, há que pôr a trabalhar o ABS para não termos encontros imediatos com o chão.
Difícil começo, estrada estreita para tantos corredores, passo lento mas, lá fomos.
Já estamos a atravessar a Via de Cintura interna, sede do Salgueiros (com música em altos berros) , ISEP e novamente a passar pela reta da meta.
Agora, com 3 km de corrida já "circulamos" mais á vontade.


                                                           E, aí vamos nós a curvar 😜


                        Pedrinho não brinca em serviço (ritmo forte como sempre)

Ora aqui temos a mais íngreme subida desta prova ( Rua Manuel Laranjeiro), sobe mesmo bem e já estamos em Costa Cabral.
Bom, a partir daqui aceleramos, ou seja, velocidade de cruzeiro metida.
A meio da Rua da Constituição temos a água fornecida pelos bombeiros (mais uns carolas a ajudarem o Salgueiral), Rua Serpa Pinto sempre a descer até ao canil.
Iamos mesmo bem, á vontade e "depressinha".
Nova subida (Rua S. Dinis) até lá acima ao cinema Vale Formoso.
Ok.
Feito.
Descer Rua Vale Formoso até ao colégio Luso Francês, virar direita (mais uma subidinha) e, último km até á meta.
Nova aceleração (6ª velocidade) para terminar a passar uns tantos (dá cá um gozo 😏)
E pronto.
Já tá.
Muito rápido mesmo.
Como disse atrás, até quase que nem dá para suar (agora estou armado em atleta de elite😀)
Desta vez a organização no final esteve excelente (o ano passado foi um bocado atrapalhada) mas, temos sempre de dar um "desconto" pois são carolas que conseguem pôr de pé uma prova já tão "enorme" como esta.

Finalmentes,
Concluíram a prova 2200 atletas
Teresinha, tempo de 00:53:34, lugar 1518 na geral e no seu escalão (VET55F), lugar 4 em 19
Mike, tempo de 00:53:34, lugar 1519 na geral e no seu escalão (VET60), lugar 99 em 155
Pedrinho, tempo de 00:47:47, lugar 921 na geral e no seu escalão (M40), lugar 188 em 372
Agora os nosso amigos,
Zé Esperança, tempo de 01:08:33, lugar 2148 na geral e no seu escalão (VET60), lugar 152 em 155
Silvério Pinto, tempo de 45:48, lugar 776 na geral e no seu escalão (VET50), lugar 92 em 220
Pedro Esperança, tempo de 00:52:06, lugar 1312 na geral e no seu escalão (VET40), lugar 248 em 372
Pedro Rodrigues, tempo de 00:43:02, lugar 546 na geral e no seu escalão (VET45), lugar 92 em 293
Lénio Marinho, tempo de 00:51:45, lugar 1279 na geral e no seu escalão (VET60), lugar 82 em 155

Para terminar mais umas fotos de uns "brilhantes" atletas;


                                        Silvério Pinto (1724) em "excesso" de velocidade




                               Zé esperança sempre bem disposto na sua "cavalgada" final



                                           Rosa sempre com a sua alegria esfusiante


E pronto.
Voltamos ao nosso bote e encontramos o Gaio (desta vez não correu) e, amavelmente nos tirou mais uma foto,



Tivemos pena de não encontrarmos a Ângela Morais que estava inscrita mas, não compareceu.
Que se passou?

Curiosidades,
- O ano passado fizemos 00:53.17, ou seja, menos 17 segundos que este ano
- Km 10 o mais rápido a 04:59
- Pedrinho, este ano, com tempo "canhão"

E pronto.
Agora é tudo.
Bjs e abraços
MIKE
2017.dezembro




segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A meia de Famalicão, .............. tranquila



O ano de 2017 a terminar e nós preparados para fazermos a última meia maratona deste ano.
Ora e, onde?
Famalicão.
Pertinho de casa.
Temos então.
4ª Meia maratona de Famalicão
10 horas
21K
26.novembro.2017
Assim, como de costume, alvorada bem cedinho (06H50) para podermos tomar o pequeno almoço "comme il fault".
Abalamos, trajeto rápido e já estamos a estacionar o carro no parque do supermercado "Jumbo", bem junto da partida (Avenida Brasil)
Estava frio,12 graus mas um sol acolhedor.
Depois de todos os preparativos lá fomos aquecer (bem precisávamos).
No aquecimento encontramos um colega nosso dos treinos das quartas feiras na Maia.


        Cá estamos nós com o Paulo Brás preparadíssimos para mais uma "cavalgada" de 21K

Mais umas corridinhas, alongamentos e, quando ia para entrar na caixa de partida, deu-me a volta aos intestinos e, lá fui "de foguete" para a casa de banho.
Nunca tal me tinha acontecido assim mesmo em cima da partida mas, teve de ser, como sói dizer-se "o que tem de ser, tem muita força", não é?
Pronto, coisa rapidíssima e, já estamos na caixa de partida.


                                 Na caixa de partida á espera do tiro 💣

Aí encontramos o Pedro Rodrigues também já um "habitué" destas andanças.
Dois dedos de conversa, tiro de partida sempre aparece e, aí vamos nós.


                                          Cá estamos nós logo após a partida

Andamento confortável pois isto é uma meia maratona e ainda temos muito que "dar á sapatilha".
Itinerário sempre dentro da cidade de Famalicão, fácil, plano.
Aos 5,7 km estamos a passar novamente pela partida e, deixamos a cidade.
Entramos na Estrada Nacional 206 e passamos a subir.
Não era aquela subida íngreme, não, nada disso mas, sempre a subir, subida lenta mas contínua.
Estamos no meio dos campos e de quando em vez temos um aglomerado de gente na berma a incentivar (onde havia um café e uma capela ou um cruzamento).
Siga.
Ritmo mais baixo, é evidente mas, sempre a dar-lhe.
Já estamos na Nacional 319 e, aí assisto a uma "cena" inédita: uma atleta que ia á nossa frente, vira-se para um casal que estava ao portão da sua casa (moradia) e diz: "desculpe, desculpe mas estou muito aflita para ir á casa de banho. Posso usar a sua?"
"Sim, pode vir" respondeu a dona do "palacete" abrindo logo o portão.
Esta gente simples do Norte é mesmo assim, ajuda logo quem precisa.
Uff, esta subida nunca mais acaba e, logo retas enormes que nos dão a "imagem" do que temos pela frente.
Mas, é para fazer, certo?
Então,.............. siga.
Ao Km 10 "enfio" o meu primeiro gel e, como é hábito na Runporto, abastecimentos sempre na hora certa e em abundância.
O "suplício" da subida termina logo após o Vale de S. Cosme, onde fazemos o retorno (13,5 Km de prova)
Bom, agora é fazer o percurso inverso até á meta (tínhamos acabado de subir "só" 7,8 Km).
Claro, agora temos um "empurrãozinho" pelas costas.
Siga.
Ritmo a aumentar, já estamos nos 15K
Olho para o relógio e vejo 01:27.20
Não esta mal.
Segundo gel para o meu estômago e sempre a hidratar.
Ainda temos na berma quem nos incentive e, já falta pouco.
Km 20 e , agora é dar tudo porque a meta é já ali.
Metemos a quinta velocidade e foi só "deixar ir".
Ainda ultrapassamos uns tantos e já estamos lá, bem no finalzinho.
Pronto, já tá.
Mais uma meia maratona que fica na história.



                         Na reta da meta, em bom ritmo, a terminar mais uma meia maratona

Interessante é a "dimensão" que temos agora da meia maratona.
Antes de fazermos a maratona, 21K eram muitos kilómetros e era uma prova muito "esticada".
Agora, depois de ter feito já a maratona(42K), a meia passa a ser uma prova "acessível" e que acaba depressa. 😏
Por isso, foi uma prova "calma", sem stress da distância.

Bom, finalmentes,
Terminaram 1198 atletas
Teresinha, tempo de 02:02:08, lugar 1047 da geral e no seu escalão (F55), 4º lugar em 8
Mike, tempo de 02:02:08, lugar 1048 da geral e, no seu escalão, (M60), 41º lugar em 49

Os nossos colegas/amigos:
Serafim Ramos, tempo de 01:41:22 , lugar 517 da geral
Pedro Rodrigues, tempo de 01:40:09, lugar 458 da geral
Paulo Brás, tempo de 01:41:35, lugar 418 da geral

Vencedores,
- masculino: Rui Pedro Silva com 01:06:05 (média de 03:06 min/km)
- feminino: Filomena Costa com 01:16:41 (média de 03:36 min/km)

Curiosidades,
- esta foi a 14ª meia maratona terminada e, este é o segundo melhor tempo até agora ( o nosso record está em 01:58:43)
- o Km 20 foi o mais rápido (05:05 min/km)
- últimos 230 metros á média de 04:52
- nossa média de prova: 05:45

Para terminar, uma foto do nosso amigo Serafim Ramos,


                 Aqui está o Serafim de equipamento preto e óculos de sol "avant garde" 😎

E pronto.
O ano está a terminar.
Devemos fazer mais umas duas ou três provas até lá.
Bjs e abraços

MIKE
2017.novembro






quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A minha (nossa) primeira maratona




Tudo começou em dezembro.2016 com um mail do Pedrinho para todos nós.
Aqui vai:


From: Pedro Barros
Sent: quinta-feira, 15 de dezembro de 2016 12:07
To: 'Fernando Maia'; Teresa Maia; Helena Maia; Diogo Maia; Miguel Maia ; Susana Barbosa; Joao Teixeira
Subject: Maratona do Porto - Abertura de inscrições - Preço especial até dia 31.12.2016


Bom dia Companheiros

Ora chegou a altura das grandes decisões.
As inscrições para a Maratona do Porto de 2017 vão estar oficialmente abertas a partir de hoje e com
Preço especial ( falta confirmação do valor) até 31.12.2016.
Após esta data passam a 45,00 eur.
Como a Marmedsa tem exclusividade como nosso patrocinador J, precisa de fazer a inscrição  e queremos saber quem podemos inscrever.
Há sempre a Family Race de 15km mas isso é mesmo em ultimo caso.
Não estar preparado não é uma desculpa.  Faltam 11 Meses !!!!!!!!
TREINEM!!!!

Mal possam, p.f. informem.

Abreijos


Sim.
Aceitamos a inscrição pela Marmedsa com, práticamente um ano de antecedência.
Estaríamos preparados fisica e mentalmente para a nossa primeira maratona em novembro.2017 ?
Em agosto deste ano, "como quem não quer a coisa", iniciamos a preparação mais a sério.
Treinos cada vez mais longos o que obrigou a levantar bem cedo ao domingo para os fazer pois o início era ás 08H00 para não apanharmos muito calor.
Decidi igualmente que tinha que baixar um pouco o peso pois, 42 km sem menos uns quilinhos, ia-se notar na performance.
Vamos á maratona do Porto?
Sim, ou não?
O treino mais longo tinha sido de 30 km e estivemos bem."Só" foram 03H02 e sentimos que tínhamos energias para fazer mais uns km.
Pois é mas, a maratona não são 30 km.
São 42,195 km.
Como iriam ser os últimos 12 km?
Só lá estando iríamos saber.
Os incentivos de nossos amigos e colegas foram muitos e, a decisão foi tomada.
Sim, vamos.
Sábado, 4 de novembro já andava um pouco nervoso.
Tanto andava que até "apanhei" uma diarreia (seria por isso?) e, lá tive que, á pressa, correr para a farmácia para tomar o medicamento milagroso para me restabelecer.
Preparativos feitos logo no sábado para o que iríamos levar.
Aqui vai;

                             Tudo preparado de véspera para que nada falte

Como é habitual, não dormi, dormitei apenas.
Alvorada ás 06H15
Peso-me: 74,7 kg (em agosto pesava 78kg).
Pequeno almoço reforçado pois uma grande empreitada nos esperava.
Teresinha, Mike e Pedrinho preparados para correrem a maratona.
André pela primeira vez nos ia acompanhar pois Diogo estava impossibilitado de correr e André corria a Family Race (15km) com o dorsal dele.
Leninha, vinda de uma lesão também ia correr os 15 km
Siga.
Atracamos, como de costume, na Vilarinha.
Rumamos ao Queimódromo e deparamos logo ali, na Circunvalação com o João Lima que vinha de Lisboa também para correr a maratona.
Foi a oportunidade de o conhecer pessoalmente, logo ali, coisa rápida pois estava focado na empreitada em que me tinha metido.
Entregamos os nossos sacos de roupa no guarda-roupa.
Entretanto a equipa Marmedsa estava reunida.
Aqui vai,

                                  A equipa Marmedsa completa, pronta para "dar á perna"

Despedimo-nos do André e da Leninha e lá fomos aquecer em direção á Anémona.
"Tropecamos" logo em gente conhecida.
Aqui vai uma foto com uma delas,

                                           
                           A Rosa sempre alegre e preparada para mais uma maratona

Vamos para a caixa de partida.
Meia hora antes da partida eu e Teresinha já tínhamos comido uma barra energética.
Ufffff.......... agora já cá estou.
Não posso fugir.
É para fazer mesmo.
Ah, tínhamos então:
14ª Maratona do Porto
42,195 km
12 graus de temperatura
9 horas
Sol "envergonhado"
O que nos esperava,

                                        Eram "só" estes 42 km que nos esperavam  😛


Tudo pronto?
Yes.
Partida.
Aí vamos nós.


                                         Partida, simplesmente,.................. espetacular !

Castelo do Queijo
Subir a Avenida da Boavista
Tranquilos
Ritmo confortável porque isto ainda nem começou
Matosinhos
Ponte móvel
Já estamos a voltar
9 km e mais uma barra energética para dentro.
Tranquilos
10 km em 01:01:32
Fácil
Pedrinho fazia em 00:54:39
Chegados ao Castelo do Queijo (aos 12 km) tínhamos aí a separação de quem fazia a maratona (seguia pela Avenida Brasil) e daqueles que só faziam os 15 km (iam pela Avenida da Boavista).
Aí pensei o mesmo que o Diogo o ano passado: "ora bem, a maratona começou agora".
Siga.
Ia bem, mesmo muito bem.
Hidratar sempre, muito mais que em outra qualquer prova.
Tudo controlado e dentro do ritmo estipulado.
Fluvial, 15 km já eram e chegamos á Alfandega.
20 km, tempo de 02:04:21
Pedrinho em 01:51:52
Nesse abastecimento paramos para "sacarmos" gomos de laranjas que sabem pela vida.
Siga.
Sentia-me mesmo bem.
Não custa nada.
Ribeira
Emblemática Ribeira.



                       Aqui vamos nós na Ribeira com um solzinho já a "queimar"



                                                   Pedrinho seguia "na boa"

Muita gente a apoiar (o que ajuda sempre), e estamos na Ponte D.Luiz.
Lado de lá
Gaia.
Já lá estamos.
Já nos cruzamos com os atletas que já tinham ido á Afurada.
Flor, Pedrinho, Mário Soares, Maria Ricardo e outros, cruzam connosco e damos gritos de incentivo.
Teresinha já tinha dito: "tenho de ir á casa de banho"
Eu também já estava com vontade.
"Ok, vamos no abastecimento dos 25 km", digo eu.
Afurada, volta e, lá está o abastecimento á nossa espera.
Paramos.
Teresinha tinha, na sua cabine de WC, uma fila de 3 atletas.
Tem de esperar, tem de ser.
Aliviamos a bexiga (que alívio) e abastecemos (bem) especialmente de gomos de laranja que tão bem sabem.
Siga.
Siga pela sombra pois agora apanhávamos sombrinha o que também muito ajuda ao esforço.
Cais de Gaia e subidinha para a Ponte D. Luiz
Aí, nessa subida, já senti que as forças já não eram a mesma coisa.
Adiante.
Ao sair da Ponte, virar á direita para o Freixo.
Não se pode virar já á esquerda para a meta?
Oh,............ custa mesmo!
Estamos nos 30 km
Tempo: 03:15:14
Nada mal, diria mesmo, normal.
Tempo como tínhamos feito no treino (como tinhamos parado nos abastecimentos o tempo era igual ao treino).
Pedrinho tinha passado aqui em 02:48:33
Muita gente aqui a incentivar.
Próximo abastecimento antes da volta no Freixo.
Páro para me abastecer.
Retomo.
Ah, já sinto que a partir dos 30 km as coisas já não são a mesma coisa.
Passamos pelo João Lima.
Ia  a recuperar.
Incentivo-o a nos acompanhar.
Responde:" não, tenho de descansar um pouco, vão vocês"
Vamos.


       Mas que imagem !   A nossa cidade é mesmo linda !!! E os atletas parecem pontinhos 😁

Já estamos no túnel da Ribeira.
Música não falta
Ai, mas o que é que me está a acontecer?
Dói-me alguma coisa?
Pernas ?
Costas?
Músculos?
Nada, nada me dói.
Então, que se passa comigo?
Ohhhh, .....estou a ficar sem forças.
Só isso.
Entretanto Pedrinho, que ia á nossa frente, também teve problemas aqui.
As caibras começaram a apoquentá-lo e teve que receber assistência na ambulância da Cruz Vermelha.
Spray prás perninhas,
Bom, Alfandega e estamos no abastecimento dos 35 km no Museu do Carro Electrico.
Páro no abastecimento.
Como uns gomos de laranja.
Aquele suminho sabe pela vida.
Bebo isotónico.
Respiro fundo.
É pra seguir?
É.
Pois é.
Mas, ainda falta tanto!
Continuo,.......  devagarinho.
Pastelão.
Teresinha incentiva-me.
Bem preciso.
Entretanto, aqui já Pedrinho esteve a alongar com a ajuda de uns estrangeiros que lhe deram apoio.
Ponte Arrábida.
Corro e ando, corro e ando.
Não saio disto.
Teresinha: "Só faltam 5 km"
"Tantos", digo eu em sofrimento.
O corpo diz-me: "atira-te para o chão e dorme".
A cabeça diz-me: "não, agora não vais desistir. Vais até ao fim. Lembra-te do esforço que fizeste até aqui e das pessoas que tens á tua espera na meta"
No bolso esquerdo levava o telemóvel e no direito barras energéticas e gel.
Não os tinha sentido até aqui.
Agora, até parecia que levava dois tijolos em cada lado!
Meto o piloto automático.
Vou, devagar, mas vou.
Entretanto Pedrinho anda com as caibras "ás costas".
Não o largam.
No Castelo da Foz, é assistido por um outro atleta e, há falta de spray, molha as pernas com água.
Entramos na Avenida Brasil.
Olho lá para o fundo e até parece que estou no deserto do Sara.
Isto não tem fim?
40 km em 04:39:33
Pedrinho tinha aqui passado em 04:08:35
Um vento forte, fortíssimo, de frente.
Só me faltava mais esta!
Não tenho sorte nenhuma.
Siga.
Tem de ser.
Edifício Transparente.
Já falta pouco.
Vai.
Pareço um autómato.
Subida para o Queimódromo.
Agora terreno plano.
A querida Mascote salta a barreira e coloca-se ao nosso lado para terminar connosco.
Vou buscar forças ao fundo do poço.
Disse, forças?
Onde estavam?
Aqui foi a alma que fez mexer as pernas.
Familiares a amigos a gritarem por nós.
Falta pouco.
Já tàààà.
Já TÀÁÁÁÁÁÁÁ.


                                            Os últimos metros da nossa primeira maratona 💪


Pedrinho, o mais bem preparado de todos nós (hoje teve azar com as caibras), já tinha cortado a meta também na companhia da Mascote.


                                         Pai (com dores nos gémeos) e filha, a cortarem a meta

Ufffff, estou exausto.
Mesmo.
Teresinha diz-me. "Não querias morrer sem fazer uma maratona. Pronto, já tá feita".
É verdade.
Desportivamente já posso morrer.
O que senti?
Não sei explicar.
Não é de escrever.
É de sentir mesmo e, as emoções não têm tradução.
Vivem-se.
Uma coisa eu sei: vieram-me as lágrimas aos olhos.
Já sou um maratonista!
Uhauuuuuuuu !
Mesmo.
Medalha, saco e estamos no meio de abraços e beijos de quem realmente gostamos.
A medalha foi excelente.
Única.
Épica.
Mas, a nossa grande medalha, neste dia, foi outra bem maior.
Foi mesmo.
A verdadeira medalha foi o carinho de quem esteva ali á nossa espera.
Não há dinheiro no mundo que pague isso.
Aqui vão as fotos.


               Os nossos queridos filhos, a nossa querida nóvel filha (grávida) e,................... nós 💙


                     A minha querida irmã, o "rato" querido Diogo e,........... nós 💙


      Os nosso queridos amigos FS e João que fazem mts km de,.... carro e ............... nós 💙


             As nossas queridas amigas Maskote e Miss Simpatia, o amigão  Pedrinho e, ... nós 💙



                A grande maratonista Teresinha rodeada pelos seus queridos filhos 💙💙




                                     Os maratonistas medalhados,........ os maiores ! 💪💪💪

Estava ali com sorriso nos lábios mas estava completamente exausto.
Completamente.
Até vomitar me deu vontade.
Ah, também encontramos, novamente o João Lima,


                                     Os três orgulhosos com elas, .......... as medalhas 😤

Ainda exausto, digo ao João Lima:" Não faço mais nenhuma maratona. É muito"
João, do" alto" da sua experiência responde". "Mike, isso é agora, amanhã já estás a pensar na próxima"
É isso mesmo.
É verdade.
Ou seja. sou um grande MENTIROSO.
Hoje, já penso nisso.
A próxima será para o ano.
Local do crime: Porto, novembro de 2018 espera por nós.
Tem de ser.💪
E pronto.
Viemos para casa (Diogo fez de uber e "pilotou" o bote)
Peso-me: 72,4 KG
Nesta prova perdi 2,3 kg
Realmente tive um surpresa; pensava que ia ficar cheio de dores, dificuldade em andar mas, nada disso, aliás eu e Teresinha ficamos ótimos.
Agora, cansado?
Ui, se fiquei!
Demais.
Passei toda a tarde de domingo na horizontal.
Então, descansamos no domingo e na segunda feira (metemos um dia de férias), estávamos a tratar das nossas perninhas.
Não acreditam?
Vamos lá ver,


                    Pimentinha, mãos de fada, a tratar das perninhas da Teresinha



                                         Mike também teve direito a massagem
               

Antes dos "finalmente" queria registar as inúmeras mensagens que recebemos antes e depois da prova dos nossos bons amigos que muito prezamos.

Então, os finalmentes,

Concluiram a prova 4530 atletas
Teresinha, tempo de 04:58:52, lugar 4173 da geral e no seu escalão (F55), lugar 20 em 27
Mike, tempo de 04:58:52, lugar 4174 na geral e no seu escalão (M60), lugar 161 em 188
Pedrinho, tempo de 04:25:09, lugar 3365 na geral e no seu escalão (M40) lugar 734 em 907

Os outros atletas Marmedsa,
Carlos Oliveira, tempo de 04:12:40, lugar 2825 na geral
Roberto Dias, tempo de 04:12:40, lugar 2828 na geral
Hélder Rafael, tempo de 04:14:44, lugar 2927 na geral

Agora os nossos amigos das corridas,
Daniel Mota, tempo de 03:21:57, lugar 601 na geral
Flor Madureira, tempo de 03:56:26, lugar 2068 na geral
Maria Ricardo, tempo de 04.19:51, lugar 3243 na geral
Rosa Costa, tempo de 05:38:52, lugar 4458 na geral
Serafim Ramos, tempo de 03:45:43, lugar 1583 na geral
João Lima, tempo de 05:16:04; lugar 4361 na geral

Vencedores,
Masculino: Jackson Limo (Quénia) com 02:11:34
Melhor português: Daniel Pinheiro, 2º lugar com 02:17:57
Feminino: Mónica Jackoech (Quénia) com 02.26:58 (record da prova)
Melhor portuguesa: Carla Salomé com 02:30:58

Curiosidade:
Este ano na maratona estiveram presentes 1436 estrangeiros o que equivale a 32% dos atletas


Agora umas palavrinhas finais para a Family Race.
André e Leninha foram os dignos representantes nesta prova de 15 km que acompanha a maratona desde o início até ao Castelo do Queijo.
Aí os da Family Race sobem a Av. da Boavista e terminam no Queimódromo.
Leninha, a contas com uma lesão e, em recuperação, decide correr 15 km quanto, até aqui, nos últimos treinos tinha feito apenas 7 km
André, esse "foguete das Maninhos", desta vez, deixou a prancha de surf e fez-nos companhia nestas andanças das corridas.
Pois bem, estiveram os dois em grande.
André, não está de modas e faz os 15 km a uma média de 04:24 minutos/km ! e, segundo ele, só a partir dos 8km de prova conseguiu correr á vontade pois, até aí, o "transito" era enorme e passava a vida a andar ás curvas
Ui,....... este surfista voa !
Leninha, como é seu timbre, aguenta firme os 15k e pouco mais faz que o ano passado.


                      O "foguete dos Maninhos", em 5ª velocidade em frente ao Castelo do Queijo



                                  Leninha concentradíssima, também no Castelo do Queijo



                                     Titi e André orgulhosos com as suas medalhas 💪


Os nossos amigos Esperanças também estiveram presentes na Family Race.


                          Zé Esperança sempre em grande estilo

Bom, "finalmente" desta prova:
Concluiram a prova 2842 atletas
André Maia, tempo de 01:05:56, lugar186 da geral e no seu escalão (M20), lugar 56 em 428
Leninha, tempo de 01:35:24, lugar 2191 da geral e no seu escalão (F35), lugar 422 em 707
Zé Esperança tempo de 01:49:05
Pedro Esperança, tempo de 01:23:27
Helena Esperança tempo de 01:51:50


Uffff...
Isto foi mesmo uma maratona; para quem escreve e para quem lê !
Bjs e abraços
MIKE
2017.novembro












quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Record em Munich !!! E que record !!!




Estava tentado a começar esta crónica pelo fim.
Estava mesmo.
Mas, desta vez, a razão venceu a emoção.
Assim sendo, vou começar como habitual, deixando para o fim as emoções soltarem-se.
Ora bem.
Sexta, dia 6.outubro.
Mike e Teresinha boaram (sim com um "b" porque eu sou do Porto) a bordo da Tap, Porto-Lisboa-Munich
Estavamos instalados no avião rumo a Munich quando, atrás de mim só ouvia falar de corridas.
A voz não me era estranha, lá isso não.
Descobrir quem seria que ali estava passou a ser o meu "desporto" favorito.
Ah, e de repente fez-se luz!
Aquela voz só podia ser a da Isabelinha da TVI que também corre.
Virei-me para trás e perguntei-lhe se era ela mesmo.
Afirmativo.
Lá fomos toda a viagem a falar de corridas, lesões, alimentação, treinos, tutti quanti interessa a quem corre.
Ela também ia correr a meia maratona de Munich.
Ah, é verdade.
Então, o que íamos ali fazer ao coração da Alemanha?
Prontos para :

- Meia maratona Munich
- 8.outubro.2017 (domingo)
- 13H30

Um céu cinzentão e uma temperatura baixinha nos esperava.
Sábado lá fomos levantar os dorsais á Sport Expo no Olimpik Park
O local é a Zona Olímpica de Munich e lá andamos em primeiro lugar a visitar aquelas "capelinhas" de apresentação e venda de tudo o que é relacionado com a corrida.
Apaixonamo-nos por uns fixadores magnéticos para prender o dorsal.
Oh, que bem que vão ficar com as nossas camisolas amarelas e pretas da Happyrun, pensamos nós a admirar os tais magnetes.
Aqui estão eles,


                              Os novos fixadores de dorsal que iriam ser estreados em Munich

Levantado o dorsal, faltava levantar as camisolas.
Para as ladies, camisola branca e para nós, camisola preta.
Oh, o raio da camisola diz "Marathon Munich"!
Que é isto?
Bom, nada a fazer.
Como também se iria correr a maratona, decidiram fazer camisolas só com essa inscrição e, assim ficamos com duas camisolas de uma prova que não fizemos.
Enfim, não custava nada mandar imprimir a "Halfmarathon" mas, os alemães têm destas coisas.
Bom, tudo ok.
Ao jantar lá descobrimos um "Vapiano" para comermos a habitual pasta antes da prova.
O restaurante fica aí a uns 200 metros da Marienplazt numa galeria comercial.


                                 A pasta stragliatella do Vapiano para nos dar "força" 💪💪💪

Bom, voltar ao Hotel para descansar e estar apto amanhã.
Vamos lá preparar o "material" para nada faltar



                                     Os dorsais e respetivas "bombas", mel e barras de proteína

Noite mal dormida (é sempre a mesma coisa antes das provas) e, já estamos no domingo.
Alvorada ás 09H15 pois a prova desta vez era ás 13H30 (aliás nunca tinhamos corrido a essa hora).
Ainda com os olhos entreabertos corro a cortina e, lá fora o sol não existe.
Lá fomos tomar o pequeno almoço, voltamos ao quarto para mais uma vez ir á casa de banho fazer aquilo que ninguém pode fazer por nós 😆
Tava frio?
Estava e muito.
Tinha levado calças e calções.
Que visto?
Fico a pensar.
De repente, há uma voz interior que me diz: "não sejas maricas, não vieste aqui para teres medo do frio, leva calções que é hoje que vais bater o teu record e fazer menos de 2 horas na meia maratona"
Humildemente, obedeci.
Comecei aqui mesmo a interiorizar que era hoje o meu dia.
Tamos prontos.
Como estava um ventinho frio cortante, decidi levar um saco de lixo entre a camisola interior térmica e a camisola da Happyrun.
Já estamos cá fora.
São 11H40
Uma corridinha (para aquecer) até á estação do metro de Karplatz.
Hoje, dia de prova, bastava mostrar o dorsal que os transportes públicos eram de borla.
Entramos no metro.
Ena,....... tantos,......... só corredores!
Chegamos a Richard Strauss num instante.
Denninger Strabe por nossa conta.
Procuramos a carrinha da DHL que iria recolher os nossos sacos com roupa para vestir no final.
Ok, tá ali.
Ainda faltava uma hora para a partida.
Abro uma barra energética que "afaga" o meu estômago.
Teresinha faz o mesmo.
Ok, caiu-me bem
Vamos andar para aquecer.
Ainda tiro umas fotos e envio, dali mesmo, para os do "costume" 💙
Alongamentos e corridinha lenta.
Três blocos de partida (A, B e C, consoante o tempo) e, aqui uma curiosidade: os blocos estavam perfeitamente identificados mas não tinham grades nem seguranças.
Ai estes alemães.....
Pois é.
Não precisam.
Partem do princípio que cada qual sabe qual o seu lugar e o vai ocupar sem atropelos.
Já estamos no nosso bloco de partida (B) mesmo em cima de dois estafetas (pacemakers) das 2 horas de prova.
Uma foto com eles,


                                     Os Happyrun com os dois estafetas das 2 horas

É isso: "Vou com eles (os estafetas das 2 horas) e hoje vou bater o meu record", pensou este portuguesito.
Mão esquerda ao bolso da camisola (ok, esta cá o telefone e uma nota de 20 euros), mão direita ao bolso (ok, estão cá três cubos de mel e duas barras de proteína).
Prontos.
10 graus de temperatura.
Tiro de partida.
Aí vamos nós.
Oito mil e tal almas a "darem á perna".
Logo, logo, os dois estafetas das 2 horas tomam a dianteira.
Já?
Já me estão a "fugir"?
Ok, deixa-te ir, calma que isto não é como começa, é como acaba.
Nunca os perdi de vista (iam aí com uns 50 metros de distância) e, o ritmo era confortável.
Ui,........ estou mesmo bem, vou sem esforço.
Siga.
Início plano o que é muito conveniente para "aquecer os motores".
5 km
Já?
Passou depressa.
Abastecimento (água em copos) o que não gosto nada porque metade da água cai na minha camisola mas, lá consegui beber.
Ui,.... vou mesmo bem, que se passa comigo?
Será hoje que faço menos de 2 horas?
Os rapazes das 2 horas vão ali á frente, não é?
Fugiram?
Não.
Então,............. é hoje.
Acredita.
Km 9 e estamos a passar nas traseiras do Virtualmarket, um mercado muito castiço no centro de Munich onde já comemos as tradicionais salsichas num banco corrido.
Estamos no coração de Munich.
Muito público a aplaudir.
Estamos a acelerar.
É, é normal acontecer quando há muito entusiasmo.
Parecemos os reis da cidade!
Lindo.
10 km
Olho para o relógio.
53 minutos e tal.
Ah, é hoje,..... é hoje,........... não desistas, ..... não desistas.
Aguento firme.
Mesmo ritmo.
Siga.


                                                                    O prazer de correr

Km 15
Mais um olhar ao relógio.
1 hora e 22 e tal
Yes,......... yes,....... é hoje ou nunca.
O itinerário é lindo.
O sol não aparece.
No abastecimento agarro num gel.
Levo-o na mão e vou pensando quando o deverei tomar.
Km 16
É agora.
Corto-o com os dentes e tomo-o de uma vez só.
Respiro fundo.
Km 17 e eu ali a dois metros dos estafetas das 2 horas.
Aperto as mãos e decido: "é agora"
Arranco e passo por eles sem sequer olhar para o lado.
"Mike, depois disto nunca mais os podes ver, nunca, ..... segue e faz menos de 2 horas", disse ao meu ouvido a tal "voz" que me acompanha.
Sentia-me bem, bem mesmo, como se diz popularmente, "tinha chegado a hora"
Olhar em frente, firme e ainda aumentar o ritmo.
Aqui, sinceramente lembrei-me do que o "grande" João Lima escreveu, dizendo que costuma pensar km a km.
Assim fiz, ou antes ia pensando que só faltava um km, portanto, era pouco 😉
Km 18
Estamos a entrar no Parque Olímpico.
Segue.
Acredita.
Agora não abrandes.
Km 19, km 20 e já avisto a entrada para o estádio por debaixo das bancadas.
Já estamos á porta.
Ligeira descida.
Teresinha que ia á minha direita arranca e diz: " vamos, vamos, vamos"
Fui buscar forças ao fundo do baú e arranquei ultrapassando uns tantos.
Entramos na pista do Estádio Olímpico.
Que sensação!
Parece que cresci dois metros!
300 últimos metros para terminar.
Pensava eu que os iria fazer em sofrimento mas, pasme-se (!) foram os 300 últimos metros numa prova que mais prazer me deram.
Tinha a certeza que ia conseguir bater as 2 horas.
Tinha a certeza que iria ter um prazer imenso.
Então, siga, sprinta, desfruta, ultrapassa-os, corre para a meta, corre para a felicidade.
E, assim foi.
Aquele piso da pista parece que nos impulsiona, parece que tem molas!
Passamos uns tantos.
Que gozo dá 😅
Meta.
Já tá.
Yessssssss !!!
Menos de 2 horas!
Yessssss,........... yeeeeesssss
É difícil traduzir em palavras o que se sente, só quem realmente corre e atinge um objetivo é que sabe o que isso é.
Só sei que me sentia mesmo o Mike Tyson de verdade! 🙌
Ah, aqui vão os momentos finais da prova,


                                                           A dar tudo por tudo



                       Yessssssssssssssss,  vai ser hoje, vai ser hoje, vai ser hoje e,.......foi 😃

Medalha, líquidos, pão, banana, enfim, o normal.
Estamos na relva do estádio.
Um agasalho plástico ajuda-nos a "tapar" o frio.
Ah, por falar em plástico: tinha colocado o tal saco de lixo no meu peito entre as duas camisolas.
Durante a prova nunca mais me lembrei de o tirar.
Pus agora a mão para o tirar e, .......... não o encontro!
Pois não.
Durante a prova tinha deslizado e acabou nas minhas costas 😏



                                         As carinhas não enganam a satisfação 💪


E pronto.
Levantar os sacos da roupa, trocar as camisolas carregadas de suor por umas limpas, metro, hotel, banho e jantar.

Finalmentes,
- Terminaram a prova 8252 atletas
- Teresinha, tempo de 01:58:43, lugar 3061 da geral, no seu escalão (F60), lugar 4 em 25, em Mulheres, lugar 683 em 3207 e nos Portugueses, lugar 6 em 19
- Mike, tempo de 01:58:43, lugar 3062 na geral, no seu escalão (M60), lugar 45 em 117, em Homens, lugar 2379 em 5045 e nos Portugueses, lugar 7 em 19
Agora a Isabelinha Silva,
tempo de 01:29:28, lugar 217 na geral, no seu escalão (F30), lugar 2 em 1489, em Mulheres, lugar 12 em 3207 e nos Portugueses, lugar 2 em 19

Curiosidades,
- até esta meia maratona, o melhor tempo tinha sido em Praga (2016.abril) com 02:02:25, á média de  05:47/km, para 21,21 km que marcou o meu relógio
- agora, á 13ª meia maratona, record batido com o tempo de 01:58.43, á média de 05:30/km, para 21,59 km que marcou o meu relógio
- km mais rápido: km 10 a 05:09
- km mais lento: km 19 a 05:49
- últimos 300 metros (na pista do estádio) á média de 04:25
- 19 portugueses estiveram presentes na prova. Aqui estão eles:




Bjs e abraços
MIKE
2017.outubro













terça-feira, 19 de setembro de 2017

Matar a malapata na meia do Porto




- Domingo.
- 17 de setembro
- 11ª Meia maratona do Porto
- 10 horas
- 21,1 kms

Isto era o que nos esperava.
Alvorada ás 06H45
Com tempo mais que suficiente para "acordar" o corpinho e fazer a digestão comme il fault 👍
Sumo de laranja, duas fatias de pão integral e duas peras.
Estômago aconchegado.
Arrancamos ás 07H51, este escriba (Mike), Teresinha e Pedrinho.
Leninha e Diogo de férias pela estranja, não nos faziam companhia mas torciam por nós.
Era a décima segunda meia maratona que iriamos correr e para o Pedrinho era a sexta.
No Porto, já tínhamos corrido em 2015 e 2016.
E, pasme-se !!!, nessas duas, fiz os piores tempos de sempre em meia maratona!
Como é possível?
Na minha cidade não carburava?
Seria malapata?
Teria que ir ao bruxo de Fafe?
Ou ao professor Karamba?
Uff,.............. aqueles "desmaios" nas duas edições anteriores estavam-me atravessados na garganta.
Tinha que quebrar a malapata.
Seria hoje?
Tem de ser.
Estacionamos o bote no local do costume (em frente ao novo restaurante KFC perto do Hotel Ipanema) e descemos até ao Fluvial.
O termómetro marcava 11 graus.
Ok, bem bom, fresquinho, fresquinho.
Lá fomos nas camionetas da organização para o local da partida (Ponte do Freixo)
Isto de andar em quatro rodas não custa nada, é sempre a andar 😃
Chegados á Ponte do Freixo (9 horas), damos logo de caras com o Zé Esperança.
Claro mais conversa sobre provas no estrangeiro (Esperança, com esperança de um dia ir correr a Buenos Aires), seria bueno seria 😀
Então, para começar, a primeira foto,


                                         O grande atleta Esperança no meio dos Happyrun

Bom, vamos mexer um bocadinho porque está frio.
A multidão já ocupa a estrada toda e vamos vendo as caras habituais destas andanças.
Encontramos a nossa sobrinha querida.
Sim, a Ana inscreveu-se na caminhada e estava pronta para caminhar e correr um bocadinho para se habituar.
Aqui vai,


      A nossa querida sobrinha Ana que um dia nos irá dar o grande prazer de correr connosco 💙💙

Oh, já temos mais uns "penetras" para mais uma foto.
Ora vejam,


                                    Serafim e Cristina também prontos para a meia maratona

Mais umas corridinhas de aquecimento já com uma multidão enorme a ocupar a estrada e, mais um encontro,


                              Silvério e um seu amigo também prontos para "paparem" 21 kms

Bom, último aquecimento e mastigo uma barra energética.
Tou bem.
Sinto-me mesmo bem.
Hoje é pra valer.💪
Eram os pensamentos que me assaltavam a cabecinha.
O sol já tinha aparecido e a temperatura aumentava.
Vamos para a caixa de partida.
Lá encontramos o Lénio.


                                                  O salgueirista Lénio não falha uma

Pum.
Tiro de partida.
Desta vez levamos 03:32 minutos a chegarmos á meta de partida.
Lá vamos nós.
Tática para hoje: tentar fazer o que dizem os livros, ou seja, fazer a primeira parte mais lenta que a segunda.
Cabeça fria, deixá-los passar sem importar com isso.
E passavam.
Ritmo moderado e confortável.
Já estamos a chegar á Ponte D. Luis.
Pedrinho já ia bem lá na frente.


                                        Ao km 3 mesmo a chegar á Ponte D. Luis

Já estamos no lado de Gaia.
Bem, muito bem, sentia-me leve, levezinho.
Logo depois do cais de Gaia deparo com um atleta a ser assistido pelo INEM.
Joelho cheio de sangue.
Tinha batido nas guardas daquele passeio sobre o rio Douro.
Guardas tipicamente de arquiteto, ou seja, esteticamente bonitas mas perigosas para os utentes.
Lembrei-me logo que tinha sido aí a minha única queda (num treino).
Bati nas guardas e andei "empenado" uma semana.
Siga.
Ah, já nos tínhamos cruzado com os primeiros quenianos que passaram a 300 á hora!
Retorno aos Km 8 depois da Afurada.
Olho para o relógio.
47:07 minutos
Ok.
Vamos muito bem.
Correr pela sombrinha (agora as escarpas eram nossas amigas) e já estamos a entrar novamente na Ponte D. Luis (km 13).
Aí, Pedrinho tem a sorte de ter uma das melhores fotos se sempre.
Aqui vai,


                                                   Pedrinho numa foto para a posteridade

Nós, não tivemos tanta sorte porque estavamos um pouco tapados.
Aqui vai,


                                          Cenário extraordinário da Ponte D. Luis

Siga agora para a Ponte do Freixo novamente.
Ritmo sempre igual e confortável.
Cada vez acredito mais que iria ter força para acelerar na parte final.
15 kms no retorno e abastecimento.
Deito a mão á mesa do gel e "saco" 3 embalagens.
Está na hora de pensar em acelerar.
Tenho força?
Tenho.
"Enfio" duas embalagens de gel para o meu "depósito" e penso positivo.
Teresinha, como sempre, dava as passadas sem qualquer dificuldade.
Passamos o túnel da Ribeira com música ao vivo e digo para mim: "é agora".
Ok
Lembrei-me que no ano passado ao sair do túnel estava "morto".
Completamente "morto".
Desta vez, não.
Acelero e sinto-me fresquinho como um alface.
Começamos a "galgar" e era só passar por eles.
O gozo que isso dá!
Alguns até parecem que estão parados.
Psicologicamente não há nada melhor.
Sinto-me forte.
Sinto-me á Mike Tyson 💪💪💪
10, 20, 30, 40, 50, sei lá, eram tantos a serem passados que, cada vez que passava um, tinha logo o objetivo de passar o seguinte.
E passava-o.
Era uma motivação constante.
Ponte Arrábida.
Km 20
Só falta um.
Olho para o relógio?, pergunto a mim mesmo.
Não.
Não olhes, dá tudo, não te distrais, ainda vais bater o teu record que é de 02:02:25
Será possível?
Siga.
Ainda dou mais um bocadinho de mim.
Na reta da meta lá estava a minha sobrinha Ana e o Boaventura a nos incentivar,
Cortamos a meta com satisfação e a pensar que ainda fazia mais uns kilómetros.
Será isto bom augúrio para a maratona?
Pois, mas a maratona é só o dobro (42 kms)!
A ver vamos.
Olho para o relógio.
02:03:00
Espetáculo!
A minha cidade já merecia que a não deixasse ficar mal.
Fiquei a 35 segundos de bater o meu record da meia maratona!
Fotos da chegada,


                                      A cortar a meta com uma satisfação bem notória na cara


                                                                    Pedrinho na reta da meta

E pronto.
Medalha, saco de abastecimento e recuerdos e lá fomos ter com o nosso bote.
Desta vez tínhamos os famosos cubos de gelatina do Pedrinho para saborear.


                                         Estas gelatinas pareciam lagosta 😃

Para memória futura,

Terminaram 4756 atletas
Teresinha, tempo de 02:02:59, lugar 3592 na geral e, no seu escalão (F55), lugar 9 em 24
Mike, tempo de 02:03:00, lugar 3593 na geral e, no seu escalão (M60), lugar 122 em 172
Pedrinho, tempo de 01:50.24, lugar 2197 na geral e, no seu escalão (M40), lugar 477 em 848

Os nosso amigos das provas,
Silvério Pinto, tempo de 01:45:21, lugar 1903 na geral
Serafim Ramos, tempo de 01:56:00, lugar 2883 na geral
José Esperança, tempo de 02.39.21, lugar 4699 na geral
Pedro Esperança, tempo de 01:59.10, lugar 3003 na geral
Lénio Marinho, tempo de 02:07:43, lugar 3917 na geral

Vencedor masculino: Abraham Kiptum com 01:00:06
Vencedora feminina: Monica Jepkoech com 01:09:23 (novo record da prova)
Melhor português: José Moreira com 01:07:13 (14º da geral)
Melhor portuguesa: Salomé Rocha com 01:14:41 (46ª da geral)

Curiosidades:
Os nosso tempos de 5 em 5 kms:
- aos 5kms: 00:28:45
- aos 10 kms: 00:57:57
- aos 15 kms: 01:26:58
- aos 20 kms: 01:55.35
A prova teve 21,27 kms

- Km mais rápido: km 18 com 00:05:31
- Km 21 a 00:05:33
- Km mais lento: km 6 com 00:05:56

Este ano fizemos menos 21:45 minutos que o ano passado!!!

E pronto.
É tudo.
Agora, treinar forte.
Nova meia maratona nos espera no próximo mês.
Onde será?
Ui,.......... levanto o véu: é na "estranja", a 2319 kms do Porto e a 02:50:00 de viagem em avião 😋
Onde será?
Bjs e abraços para todos deste v/ servo
MIKE
2017.setembro.